Os candidatos a prefeito de Teresina
deveriam prestar atenção nos moradores que estão nas pontas inicial e
final da pirâmide etária. Mais da metade dos teresinenses tem menos de
30 anos e 11% deles estão com mais de 60. Portanto, são dois problemas
que necessitam de soluções consistentes e duradouras. Numa ponta, as
pessoas cujo melhor futuro depende das opções que forem tomadas em favor
da cidade – por pessoas, empresas e o poder público – e na outra as
pessoas que desde já podem sofrer consequências de opções equivocadas.
No caso de crianças e adolescentes, é preciso dar-lhes a possibilidade
de viver numa cidade mais desenvolvida, com melhores perspectivas
sociais e econômicas, emprego, enfim. Para os mais velhos, a cidade
necessita corrigir rumos do passado, fazendo com que Teresina seja um
lugar melhor para quem passou dos 60 anos. Opções simples, mas
eficientes podem ser uma boa saída. É preciso que os programas para
crianças e adolescentes não sejam meramente uma forma de entretenimento
ou de expiação de pecados. Alguém já pensou em dar aos jovens a
possibilidade de um emprego decente? Seria muito bom que se pensasse
nisso, porque todo mundo sairia no lucro: com mais pessoas jovens
trabalhando haveria menor risco de desvios sociais que levam ao crime. E
seria melhor para os mais velhos também, que viveriam numa cidade mais
tranquila. E se poderia, por fim, imaginar que políticas públicas para
gente velha incluem medidas como a contratação de geriatras,
profissionais ausentes no serviço médico público. Portanto, pensar nos
mais jovens e nos mais velhos é uma boa forma de construir um futuro
melhor para a cidade.
Arimatéia Azevedo
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