quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MALAFAIA FALA DEMAIS

Pastor Silas Malafaia fala de mais, afirma colunista

Pastor Silas Malafaia fala de mais, afirma colunista
Pastor Silas Malafaia fala de mais, afirma colunista
Os evangélicos, por acaso, estão concordando com as suas opiniões?
 
Às vezes, acerta. Mas, no volume com que se pronuncia, desconfio que não consiga se lembrar de quando falou demais. Ainda que ninguém tenha perguntado, ele, exaltado, emite suas opiniões, que mais parecem vereditos. É verdade que fala em nome dele mesmo; porém, fica parecendo que acredita piamente que é o grande formador de opinião do rebanho evangélico no Brasil.

 O pastor midiático escracha geral no mais puro estilo popularesco. Língua solta mesmo, como a dos seus correspondentes televisivos Wagner Montes (Rede Record), Ratinho (SBT) e José Luiz Datena (Band). O diferencial de Silas Malafaia é que, entre os seus arroubos performáticos, ele cita textos bíblicos para justificar ou legitimar suas falas. Impressiona o quanto é autoconfiante!
 Silas Malafaia não suporta abreviaturas: LGBT, Iurd, CGADB, CPAD, PL 122, PNDH, PT etc. Quando se trata de sopa de letrinhas, Malafaia entorna o caldo. O pastor em questão notabiliza-se pela lista extensa de desafetos: Dilma Rousseff, Caio Fábio, Marcelo Freixo, Fernando Haddad, Valdemiro Santiago, Satanás, Marina Silva, Jean Willys, Marco Feliciano e os seus eventuais sucedâneos. Quem atravessa na frente no feroz profeta pode se arrepender, pois Silas Malafaia paga para entrar numa briga e, quanto mais crescem as polêmicas, mais lucra. Quando se trata de osso duro, o Malafaia não é de roer: prefere triturar. Tudo em nome da verdade. É claro!
 Na década de 1990, na bancada do programa 25ª Hora, que era veiculado na Rede Record com a direção do pastor Ronaldo Didini, Silas Malafaia ganhou projeção nacional mostrando destreza nas esgrimas verbais. Na década seguinte, já distante da Igreja Universal, dona da emissora e que patrocinava o programa, ele tinha cadeira cativa no debate do Rádio El Shadai da Rádio 93,3 FM do Rio de Janeiro, do grupo de comunicação do deputado federal Arolde de Oliveira (PSD-RJ). Tanto na TV como no rádio, a liderança de Silas Malafaia sempre esteve relacionada com um tipo bem peculiar de apologética.
 Rompeu com a Iurd. Rompeu com a Convenção Geral das Assembleias de Deus, a CGADB. Rompeu com as alianças políticas de ocasião (FHC, Lula, Garotinho). Não rompe para sobreviver, mas para crescer. Neste tempo de crescimento, criou o seu mundo com o poder da sua palavra: uma denominação, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fruto de seu desligamento com a CGADB; um programa de TV diário em rede nacional, o Vitória em Cristo, exibido por três emissoras abertas; a Associação Vitória em Cristo; a gravadora Central Gospel; a editora Central Gospel; e o portal Verdade Gospel.
 Olhando para as igrejas evangélicas no Brasil, é o caso de se perguntar: por que a atuação de Silas Malafaia provoca esse emudecimento geral? Os crentes, por acaso, estão concordando com as suas opiniões? Os intelectuais evangélicos comentam à boca miúda, nos seus congressos vazios, os horrores malafalianos – mas não passa disso. Em seus gabinetes, pastores dizem que não concordam com muita coisa que ele faz e fala, mas não vêm a público afirmar isso. Parece que poucos estão dispostos a desautorizá-lo a falar em nome do grupo religioso que eles também representam. Pelo tempo decorrido desde que Silas Malafaia tornou-se o que é hoje, já era para a fase da perplexidade ter passado. A grande mídia evangélica não tem tradição de debate; prefere anunciar produtos a publicar ideias. Quanto aos pastores, perderam a voz ou consentem com o silêncio.
 Fico na expectativa de que alguém por perto diga a ele que tamanha exposição gera uma monstruosa vulnerabilidade. Silas Malafaia tem muitos exemplos de quedas monumentais de pessoas que, como ele, partiram para uma superexposição midiática a fim de anunciar Evangelho e acabaram se perdendo: foram longe demais e esqueceram o caminho de volta. Já foi provado que a igreja eletrônica gera mais antipatia do que conversos; enche mais bolsos do que almas; constrói mais celebridades do que gente; reúne mais multidão do que rebanho.

Tomara que, no futuro, este texto soe ridículo. Algo do tipo: devaneios de um recalcado. A esta altura do campeonato, contudo, falo somente por mim: o pastor Silas Malafaia não me representa. Envergonho-me da forma como se dirige aos evangélicos. Envergonho-me das suas grosserias com Bíblia na mão desancando a sociedade brasileira. Envergonho-me das suas inserções políticas em período eleitoral, plantando factoides. Envergonho-me da nossa falta de vergonha em não desautorizá-lo.

Revista Cristianismo Hoje - Edição 32 Ano 6

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

AMOR DANADO DE BOM



















                                                  Poemeto Noelia Alves


Com amor a chuva fecundou nossa terrinha,
A charmosa terrinha aceitou seu amor,
E desse amor nasceu um bebê.
Chama-se: Friezinha
Refrescando nossas vidas em Teresina.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

NOSSOS CORPOS - UM



Foto: Wanderson Teixeira







                Poema Noelia Alves



Se em teu corpo me entrelaço
Sinto teu amasso
Envolvo
Depois?
Devolvo
Teu corpo junto ao meu. 

EM MEIO AS PALAVRAS






                  




















            Por Noelia Alves

Eu leio
Eu escrevo,
Porque me faz elevar,
Porque me faz cantar,
Porque me faz mulher,
Porque me faz ninar,
Seja no ar ou no lar.
Fazer versos é viver
É acender o fogo do saber,
É saber entender coisas sem nada saber,
É rebentar as amarras da solidão
Povoando de imaginação
O meu ser em comoção,
Não me sinto só
Pois as palavras é minha multidão.

FOGO-PAGOU


























                                   Por Noelia Alves

Dizem que sou poeta
- Eu digo: não sou
Dizem que sou modesta
Eu digo: sou fogo-pagou
No seu jeito simples de ser
Chilreia: Fogo-pagou... Fogo pagou
Encantando sem perceber.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

POETA ARRETADO DE BOM















                        


                                 Por Noelia Alves

Patativa do Assaré
é mermo um poetão,
faz versos dos nordestinos
da palhoça e até do chão.

Ele arranca poesia
de todo canto do sertão,
para ele tiro meu chapéu
e lhe ofereço um punhado de feijão.

Ele canta tudo na rima
como bem diz:
“Deus lhe ensinou tudo”
e esse tudo é mermo
uma sabedoria divina.

Não seja besta de querer
cantar melhor o sertão,
porque poeta como ele,
não brota assim não,
ainda que seja boa a plantação.

Uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença [2]. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses . A partir dessa época, começou a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave. (Wikipédia ) 

FRASES DOS SEUS POEMAS

 “...Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem...”


“Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.”

NAS ANDANÇAS DA VIDA COM GONZAGÃO


Cena de “Gonzaga – De pai para filho”


Marina Silva

Sempre digo que cheguei à cidade analfabeta, aos 16 anos, mas com Ph.D em saber narrativo, pela vivência em minha família de seringueiros, nordestinos que buscaram as terras altas da floresta. Saber que se entretece num complexo sistema de conhecimentos tradicionais ligados aos recursos do ambiente, de onde se extrai, além dos meios de vida, o sentido e a razão de viver.
Meus pais juntaram, aos saberes da árida caatinga, outros tomados aos índios pelos desbravadores. Os povos da floresta fornecem os meios de sobreviver nos sertões úmidos, mas lhes é retirado até o chão onde produzem o precioso saber.

Sou filha desse mundo que entrelaça tempos, lugares, modos de vida e histórias. Tudo isso reencontrei no lindo filme de Breno Silveira sobre as vidas de Gonzagão e Gonzaguinha.

Escancarava-se meu riso nas cenas de delicado humor matuto e a mesma força arrebentava as comportas das lágrimas nas cenas do amor perene nos arrochados nós de afeto. Como na volta à velha casa de taipa de Januário, pai e filho abraçados na luz do amor –que a dureza da vida e longo tempo não apaga– entre a janela e o candeeiro.

Voltar no tempo não carece de túnel, bastam os cantos da lembrança. O manejo quase insustentável da introspecção que sonda a alma. O riso que disfarça e acalma os medos. As lágrimas que lavam as dores, até as que esquecemos.

Volta à casa, no meio da mata alta,/De arranha-céus ou caatinga rasteira,/Como fazê-la, sem a besteira/De não respeitar os oito baixos:/Do chão que nos deu abrigo,/Da voz que gerou o sentido/Que nos fez ir sem nunca sair de lá?

No silêncio, abri a reportagem de minha vida que Marília César escreveu. Revisitei antigas emoções.

“Ansiosa, engoliu em seco ao embarcar para aquela viagem sem volta, e fez de tudo para não chorar. Se partisse chorando os outros poderiam achar que estava fugindo, ou que havia aprontado alguma coisa e sido expulsa de casa. Precaução moral. Freud explica: o desejo de salvaguardar o nome do pai.

A maior parte das pessoas no ônibus era gente conhecida. Subir no ônibus sozinha, com o saco nas costas, e ainda por cima chorando? Engoli o choro, sentei, colei a testa no vidro e fui olhando para o mato correndo velozmente, como se a velocidade das folhas fosse uma espécie de entorpecimento, que tirava o meu medo, a minha saudade. Durante um bom tempo fiquei assim. Quando foi escurecendo e ninguém mais podia me ver, então comecei a chorar.”

Cantam os Gonzaga: “minha vida é andar por este país/pra ver se um dia descanso feliz”. A vida deles é a minha, de todos os brasileiros que viajam no tempo em busca de saúde, trabalho, conhecimento, felicidade. E vão tecendo saberes e histórias, poesias e cantigas. A vida e o sentido dela.

via Folha de S.Paulo

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NIVER DA ALYNE




CORDEL PARA ALYNE – 23.11.2012 - Por Noelia Alves


COORDENADORA LÍDER

Ela é bem assim:
Líder nata sem fim,
Ela motiva, incentiva e mete a ripa,
Mas bem que ela é uma boa líder.
Já foi operadora, supervisora e hoje é coordenadora,
Cargo bem merecido,
Se não fosse vivia entregando currículo.

Ela é temida,
E por todos querida,
Principalmente quando sair da sala
Da diretoria.
Tem uma historia de carta branca,
Branca fica é o coitado quando recebe a carta,
Num é carta coisa nenhuma,
É bota pra fora mermo,
Tem nego que chora,
Tem nego que gosta,
Fazer o que, trabalhar não é pra qualquer um não,
E ser coordenadora é só pra quem tem faísca no olho,
Nasce com dois olhos e ganham mais dois,
Com a experiência é olho que num acaba mais
E num fique de olho não,
Que gente é como jumento manso,
Se encostar pronto,
Pra levanta só se fizer um foguinho
Debaixo do rabo dele.

Mas ela tem cumprido o seu oficio,
Se não! Tá parecendo,
Fala daqui, faz reunião com pessoal, conversa com o diretor acolá
Chama supervisor para aprumar,
É RH, analista sistema, gerente, psicóloga, mediadora, treinadora,
Cuidado diretor, porque do jeito que vai,
Ela vai longe.

Bem estamos aqui para dizer que é bom por de mais
Ter você como nossa coordenadora,
E nessa data festiva, vamos comer torta, salgado,
Tomar refrigerante e tá todo mundo dispensado.

Opa! Você é coordenadora eu sou apenas a proseadora,
Parabéns Alyne por essa data,
E na próxima faça uma festa maior,
Que nós vamos estar lá,
Pra comer e beber basta chamar.
Agora para trabalhar bote dificuldade,
Mas cum jeito você consegue
Por esse motivo não é somente coordenadora,
É líder que cativa,
E faz com que seus liderados
Obedeça sem reclamar,
E reclame pra você ver
O Alexandre tá pronto pra lhe receber.


Chegada - Surpresa...

Eu recitando o cordel.

Nosso diretor Paulo Soldi  entregando nosso presente.


Eu e Alyne

Primeiro pedaço de bolo para dona Risalva 

Galera empolgada para comer a torta...
Torta de morango

Compramos um hidrante de ameixa do Boticário - Eita Junior uma delícia...







LEMBRANÇAS DE PAINHO 2 – FELICIDADE





Quando no hospital cuidei de painho, com carinho ele falou bem assim: “Milha filha eu peço a Deus que você seja muito feliz, porque eu tive sede e você meu deu água, quase morri de sede” Eu vi no seu olhar triste e angustiante a seca castigando seus pulmões, e em um esforço intenso a insistência de um cabra valente o desejo em viver mais alguns dias, no entanto ele nunca desanimou, Ele olhou para mim e disse:” A morte estar riscando aqui perto de mim” O seu olhar triste e penoso não sai das minhas lembranças, a suas palavras me desejando felicidade me dão forças para enfrentar as adversidades e se vida quiser me abalar vou lembrar da sua coragem em enfrentar a morte e saber que ela estava perto, entretanto em nenhum momento se entregou, ela  salteou ele em momento de descanso.

Choro de felicidade em saber que meu painho me amava e que pude contribuir para que vivesse mais alguns dias. Para sempre eu te amarei e feliz serei, porque suas palavras tinham firmeza o seu falar demonstrava força.

Quem ousará dizer que não sou feliz, se ele disse eu vou ser, aqui estou eu feliz, e digo se me ver triste faz parte da vida, porém por dentro eu sou feliz.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MUDO-MUDO-MUDANÇA!



                                      Noelia Alves 

Coisas mudando
Tudo muda

E há quem diz
Nunca vou mudar
Até provar da mudança
Não compreende
Que mudou.

Eu mudo
Quantas vezes forem necessárias
E se for para melhor
Mudo sem demora.

Mudo, mudei, desmudo
E daí!
Quem mudou foi eu.

Adorei provar novos temperos.
 
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