sábado, 15 de setembro de 2012

DEPENDÊNCIA AFETIVA - incapacidade de sermos nossos próprios nutridores emocionais

Entenda melhor a dependência afetiva

Por Dra. Dorit W. Verea 27/07/2012 - Psicológa
 
A verdade inquestionável é que cada um de nós em certa medida é dependente dos outros. Todos nós precisamos de aprovação, empatia, reconhecimento e admiração dos outros para nos apoiar e regular nossa autoestima.

Porém, quando o amor é sinônimo de sofrimento, quando ele destrói a autoestima, prejudicando aspectos sociais, profissionais, familiares e emocionais, fala-se de um transtorno mental chamado dependência afetiva.
Na grande maioria dos casos, ele atinge as mulheres. Quando estão solteiras, sentem-se indefesas. Quando têm um parceiro, vivem com terror de serem abandonadas e ficam literalmente abaladas quando qualquer relação próxima termina.

Para serem aceitas ou manter uma relação, estão dispostas a fazer coisas desagradáveis e até mesmo degradantes, aceitando situações intoleráveis para qualquer pessoa.

Características da pessoa com dependência afetiva:

1. Não é capaz de tomar decisões por si só. Muita energia é utilizada no amar ou ser amada e aceita, sobrando pouca energia para o autocuidado. É incapaz de cuidar de si e criar condições para seu próprio crescimento pessoal, pois sempre usou seu tempo com algum problema do parceiro, que requer sua atenção e sua energia vital.

2. Apresenta comportamentos de submissão em relação ao outro.

3. Dificuldade de reconhecer suas próprias necessidades e a tendência de vincular suas necessidades ao outro. O bem-estar emocional – e muitas vezes até a saúde e a própria segurança – é colocado em perigo em função do bem-estar do parceiro.

4. Apresenta atitudes negativas em relação a si própria, muitas vezes assumindo culpa de todos os problemas que surgem. Essas pessoa sofre de um profundo sentimento de inadequação.

5. Todos os dependentes afetivos têm medo de qualquer tipo de mudança. Isso impede o desenvolvimento de suas competências, e eles sufocam qualquer desejo ou interesse pessoal.

São pessoas obcecadas por necessidades irrealizáveis e de expectativas não realistas. Pensam que, ocupando-se sempre do outro, a sua relação ficará estável e duradoura.

Porém, invariavelmente, as situações de desilusão e ressentimento surgem e desencadeiam um pavor de que o relacionamento pode não ser estável e duradouro. É o ciclo vicioso que recomeça amplificado. Ela ela não tem consciência de que o amor pede honestidade e integridade da pessoa. A dependência afetiva é baseada na rejeição. Mesmo quando há amor, paradoxalmente, esse declarado amor não vai durar.

As emoções que envolvem medo e dependência, típicos da dependência afetiva, são destinados a destruir o amor.

Quando você se doa para o amor com a esperança absurda de que o homem da sua obsessão a proteja dos seus medos, o pavor e a obsessão se arraigam, até que doar-se na esperança de receber afeto em troca vire uma constante na sua vida.

Muitas vezes, aquilo que acreditamos ser amor não passa de medo da solidão e de nossa incapacidade de sermos nossos próprios nutridores emocionais.

O que se pode fazer:

1. Reconhecer que tem um problema.

2. Procurar ajuda de um psicoterapeuta.

3. Considerar a própria saúde e o seu próprio bem-estar uma prioridade que está acima de tudo.


ATMOSFERA FEMININA

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